Produzir cartas pedagógicas na pós-graduação stricto sensu é um processo contra hegemônico, pois, de modo geral, esse é o lugar do artigo, do paper, das grandes sínteses. Porém, para isso, precisaríamos partir do princípio que todo estudante de mestrado e doutorado já está pronto - o que não é verdade. As cartas pedagógicas permitem externalizar a diversidade de leituras de mundo e de sistematizações que cada estudante, ao seu modo, faz do que é discutido em sala de aula e como decide incorporar na sua dissertação e tese o que aprende com o professor, o orientador, o colega. Temos esperança que o legado freiriano, que embasou essa experiência no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul e dos Programas de Pós-Graduação em Educação e Ciências da Saúde da Unochapecó, tornem-se um modelo possível de ser replicado em outros espaços do stricto sensu no Brasil e no restante da América Latina.

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